Impressões de uma viagem à província de Fujian 福建 - (I)

Sábado, dia 18 de Fevereiro de 2017
Lisboa

O meu dia começa com um toque de despertador às 3 da manhã. Já tinha tomado um banho na noite anterior para ir um pouco mais fresco nesta longa viagem ao extremo Oriente. Arrasto-me do quentinho de casa para o vento cortante da avenida com uma grande mala e uma mochila nas costas, adapto-me aos elementos da Natureza inspirado pela tartaruga e sua carapaça, e espero por um táxi que me leve ao aeroporto.

O avião da Xiamen Air 厦门航空 prestes a descolar de Amesterdão para Xiamen

Esta minha ida à China tem três propósitos: conhecer a província de Fujian e provar os seus chás mais emblemáticos; trocar ideias e mundividências com os meus amigos de lá; e treinar o meu Chinês Mandarim. Em casa ficam a minha querida mulher e filhos, que desta vez não podem vir comigo. Foi um sacrifício que teve importância ao longo dos dias, mas sem o qual esta aventura não teria sido possível.

O primeiro contacto com a China faz-se ainda em Amesterdão, após curta escala e mudança de avião nesse aeroporto. A companhia é a Xiamen Air e as hospedeiras, perfeitamente sincronizadas e vestidas de azul, fazem uma curta vénia com a cabeça antes de nos contar as instruções de segurança. Ainda passo os olhos pelas revistas Le Point e Spectator, estico-me dando graças a Deus por ter três lugares vazios só para mim e, sem dar por ela, o peso da noite abate-se sobre mim na forma do segundo sono mais profundo.

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