Sacrifícios vãos (continuação)

Em resposta ao António, e conforme o meu comentário, só mais algumas notas:
Relativamente a uma possível saída do euro, tal só seria possível, caso os bancos Portugueses tivessem reservas suficientes para termos um escudo forte.
Os bancos da zona euro são regulados pelo Banco Central Europeu (BCE) que estabelece como reservas mínimas 2% de alguns dos seus passivos, nomeadamente depósitos de clientes. Outra das condições impostas pelo BCE é que "os bancos têm de assegurar que cumprem, em média, as reservas mínimas ao longo do período de manutenção".

Assim, há períodos durante o período de manutenção de reservas mínimas (6 semanas, após os quais é calculado novo montante de reservas) em que os bancos têm excesso de reservas e outros, em que têm défice de reservas.

Não sendo especialista na matéria, nem detendo de dados suficientes para validar tecnicamente o meu pensamento, a partir do momento que o escudo entrasse novamente em vigor, valeria perto de zero. Isto é, se a relação dinheiro dos depositantes - reservas constituídas pelos bancos fosse de 1 para 1 ou perto, talvez fosse possível.

Não creio, contudo que seja viável e, muito menos, bom para o país. Perda de nível de vida dos cidadãos, empresas muito menos competitivas, importações muito mais caras, entre outros efeitos 

Uma preocupação maior nos sacrifícios vãos feitos pelos nossos antepassados tem que ver com a nossa democracia, tal como está. Até que ponto não faria sentido, existir uma votação por proximidade ?

Eu explico.

 Não me faz muito sentido votar no partido A, B ou C, no qual cada um de nós se identifica, e (hipoteticamente falando, claro!) até concorda com a sua matriz e planos para o futuro do país e, quando vê as listas que vão representar o nosso voto, não conhecer quase ninguém para além do líder.
Informa-te melhor, podem dizer. E concordo. Como estão as coisas, o ideal seria fazer um due dilligence a todas as pessoas que compõe a lista eleitoral.


Ultimamente tenho é pensado se não seria melhor eleger alguém com mais proximidade, (re)organizar os círculos eleitorais, dar oportunidade a escolher o partido e "aquela pessoa".

Sim, eu conheço o fulano A, sei o que ele já fez e é ele que quero que me representa lá em cima, junto dos big boss.

É ele que quero que zele pelos interesses da minha região e é a ele que vou "cobrar" (eleitoralmente, claro! não estamos aqui para apelar à violência) se não cumprir, ou se não defender "as suas gentes". 

Qual a vossa opinião ?

Sei que a democracia é o menos mau entre todos os regimes, mas é bom pensar um bocado no sistema tal como está e quem sabe, procurar alternativas.

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